Foi a nona redução seguida da taxa básica de juros e a quinta em 2020; decisão foi unânime
Na última terça-feira (05/08/2020), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, anunciou um corte de 0,25% na taxa Selic que agora passa a valer 2% ao ano, menor patamar da história. Esse novo reajuste está de acordo com as expectativas do mercado já que, na última reunião, o Copom havia deixado aberta a possibilidade de um corte residual, como forma de estimular a economia abalada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Essa política de cortes adotada pelo governo brasileiro tem como objetivo incentivar a economia uma vez que juros mais baixos evitam dinheiro parado, o que incentiva investimento em empresas que movimentam o mercado.
Cenário econômico
Ao realizar mais um corte na taxa Selic o governo brasileiro se alinha com a politica adotada por diversos países ao redor do globo que vem cortando suas taxas de juros para incentivar a economia.
Com a forte queda da atividade econômica, a variação dos preços tem sido menor, em junho o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registou uma inflação de 0,26% após dois meses de deflação, o que pode indicar um princípio de recuperação da economia brasileira.
Efeitos do corte de juros
- Operações de crédito mais baratas: ao reduzir os juros básicos, o Banco Central estimula a redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras nos seus financiamento, o que provoca um aumento no número de empréstimos.
- Investimentos: o corte na taxa básica de juros afeta o rendimento de aplicações financeiras como a caderneta de poupança e os investimentos de renda fixa.
- Gastos com juros: em um momento de forte alta na dívida pública por conta dos gastos com à pandemia o corte na Selic diminui os gastos do governo com a dívida pública, impedindo uma alta ainda maior no endividamento.
Onde investir nesse cenário?
Embora os investimentos na poupança e renda fixa atraiam os brasileiros, no novo cenário com Selic à 2% ao ano a rentabilidade foi reduzida ainda mais. Essas aplicações renderão apenas 0,12% ao mês segundo os cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), menos que a inflação.
Dessa forma se torna muito mais vantajoso partir para outras formas de investimento como imóveis que não estão sujeitas a variações no cambio monetário e apresentam uma grande rentabilidade.
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